Filósofos pré-socráticos
São os filósofos que queriam saber a constituição do Universo, essa curiosidade se denominou cosmologia e nesse período se dá o inicio da filosofia na Grécia, sendo assim berço do pensamento racional. Destacaram-se filósofos como Pitágoras, Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Anaxágoras, Empédocles, Demócrito, Parmênides, Xenófanes e Zenão de Eléia.
Tales de Mileto (640-548 a.C.) astrônomo, matemático e um dos primeiros filósofos, e considerou a água o principio de formação das coisas quando densa transformar-se-ia em terra; quando aquecida, viraria vapor que, ao se resfriar, retornaria ao estado líquido, garantindo assim a continuidade do ciclo. Neste eterno movimento, aos poucos novas formas de vida e evolução iriam se desenvolvendo, originando todas as coisas existentes.
Pitágoras de Samos (século VI a.C.) filósofo, matemático, músico, astrônomo. O número é a essência de tudo o cosmo é harmonia, porque é regido pelo o mesmo, acreditando assim em opostos como o par e o impar, O número é a essência própria das coisas. Para os pitagóricos: "A própria unidade é o resultado de um ser e de um não-ser, portanto há, em todo caso, não-ser e, portanto, também uma pluralidade" – pitagóricos são seguidores de Pitágoras, alunos, portanto na escola pitagórica cujo símbolo era a estrela de cinco pontas que representava a união masculina e feminina.
Anaximandro (610-547 a.C.) partia do pensamento que tudo era formado por uma matéria indeterminada, ilimitada, que daria origem a todos os seres constituídos de matéria e que o nosso mundo é um em vários, que iriam se desenvolver assim também envolvidos em um processo infinito. Indo além ele diz que existem opostos e que dessa forma não se têm opostos convivendo em um mesmo espaço e o que define o espaço é o tempo.
Anaxímenes (588-524 a.C.) é o ar que faz e transforma todas as coisas, quando se rarefaz e condensa. O filósofo também pensou ser a alma feita de ar, observando que o vivente respira (refrigera o corpo) enquanto que o morto não o faz, o ar anima não só o corpo do homem, mas o mundo todo. Para ele, a Terra, o Sol, a Lua e os demais astros cavalgam sobre o ar e são planos. Os astros não se movem debaixo da Terra, mas ao redor dela.
Xenófanes (570-528 a.C) filósofo e poeta, Da o primeiro passo à crítica filosófica, questionando a confiabilidade de nosso saber sobre os deuses e sobre a natureza, além disso, para ele não há um saber seguro e seu pensamento de maior mérito foi o de considerar a possibilidade do saber seguro.
Parmênides de Eléia (544-450 a.C.) e Heráclito de Éfeso (séculos VI-V a.C.). Desenvolveram teorias que entraram em conflitos e instigaram os filósofos do período clássico (ou Socrático). Enquanto para Parmênides o ser real é imóvel, imutável e o movimento é ilusão assim o ser é imutável, eterno e único e isso em oposição ao não ser, para Heráclito tudo flui e tudo o que parece fixo é uma ilusão: ”não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, o pensamento humano participa e faz parte do pensamento universal.
Anaxágoras (499-428 a.C.), nascido em Clazômena, mudou-se para Atenas onde foi mestre de Péricles. Sustentava que as “sementes” de todas as coisas foram ordenadas por um princípio inteligente, uma inteligência cósmica.
Empédocles (483-430 a.C.) formula a teoria de que tudo seria formulado por quatro elementos terra, água, fogo e ar. Todas as coisas seriam resultado da fusão desses elementos. A morte para ele era simplesmente a desagregação dos elementos e estávamos envolvidos em um ciclo – nascer viver e morrer.
Demócrito (460-370) – e o filosofo Leucipo (século V a.C.) – são atomistas, por considerarem o elemento formador de todas as coisas o átomo, por ser a partícula indivisível. Como para eles também assim se formaria a alma.
Zenão de Eléia procurou deduzir as consequências contraditórias das hipóteses dos adversários, recorrendo a uma técnica lógica similar à que viria a ser conhecida como "redução ao absurdo". Era contra a multiplicidade, descontinuidade e divisibilidade. Ele também definiu a continuidade e a infinidade.
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