O que são gêneros textuais?
Todos os textos, verbais ou não-verbais, se classificam em algum gênero de acordo com suas propriedades e estrutura. Sendo praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em determinado momento histórico.
Os gêneros são modelos comunicativos e servem, muitas vezes para criar uma expectativa no interlocutor e prepará-lo para determinada reação. Operam prospectivamente, abrindo o caminho da compreensão, como frisou Bakthin (1997).
Há a questão da relação oralidade e escrita no contexto dos gêneros textuais, desde os mais informais ate os mais formais e em todos os contextos e situações da vida cotidiana. Se fundem em critérios externos (sócio-comunicativos e discursivos).
Para Douglas Bilber (1988), os gêneros são geralmente determinados com base nos objetivos dos falantes e na natureza do tópico tratado.
Os gêneros textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem e caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas e institucionais do que, por suas peculiaridades lingüísticas e estruturais.
É impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto. E esta visão segue a noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva, privilegia a natureza funcional e interativa. A língua é tida como uma forma de ação social e histórica e que, ao dizer, também constitui a realidade sem, contudo cair num subjetivismo ou idealismo ingênuo. Neste contexto os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo.
“Quando dominamos um gênero textual, dominamos uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações particulares.” A apropriação dos gêneros é um mecanismo de fundamental socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas.
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